*          4.1  permanecei... firmes.  Paulo pode estar antecipando as exortações seguintes, especialmente as difíceis dos vs. 2 e 3. Isso ajuda a explicar a presença de tantos termos expressando amabilidade no v. 1. O desafio para “permanecer firmes” remete-nos a 1.27 (onde ocorre o mesmo mandamento)  e apoia-se imediatamente sôbre a declaração de esperança de 3.20,21. Paulo está pensando na volta de Cristo quando chama seus leitores de “alegria” e “coroa” (1Ts 2.19,20).

 

*          4.2  Rogo.  Paulo solicita em vez de ordenar e, dirigindo-se primeiro a uma mulher e depois a outra, dá mais força ao pedido.

 

Evódia... Síntique.  Não há outra menção dessas mulheres no Novo Testamento. São valorosas cooperadoras de Paulo e, ao que parece, pessoas de influência na igreja.

 

pensem concordemente.  A principal preocupação de Paulo não é que elas concordassem uma com a outra, conforme sugerido algumas vezes, mas que elas tivessem a atitude recomendada em 2.2.

 

*          4.3  companheiro.  A palavra grega (syzygos) pode ser um nome próprio.

 

com Clemente.  Único registro desse nome no Novo Testamento.

 

livro da vida.  Os nomes de todos os eleitos de Deus estão inscritos neste livro (Ap 3.5; 20.15).

 

*          4.4  Alegrai-vos.  A alegria é um dos temas dominantes em Filipenses. A obediência a esse mandamento é sempre possível, mesmo em meio de conflito,  adversidade e privação, porque a alegria não repousa em circunstâncias favoráveis mas “no Senhor”. Paulo recorre à repetição para enfatizar essa verdade.

 

*          4.5  moderação.  A palavra grega denota o espírito magnâmico que supera ofensas ou um espírito paciente, que tem Jesus como o exemplo supremo (2Co 10.1). Uma pessoa assim não insiste em seus direitos (2.1-4). Somente pessoas com essa atitude aprendem o segredo da alegria.

 

Perto está o Senhor.  Pode-se entender essa proximidade como temporal, referindo-se à vinda de Cristo como um evento futuro (3.20,21), com o fim de fortalecer a esperança.  Mas também é possível que Paulo esteja falando da companhia constante de Cristo com aqueles que estão unidos a ele (1.1).

 

*          4.6  Não andeis ansiosos de coisa alguma.  Embora a mesma palavra apareça em 2.20 descrevendo uma preocupação caridosa para com outros, aqui ela denota uma ansiedade incompatível com a confiança em Deus (cf. Mt 6.25). 

 

em tudo.  A linguagem de Paulo é deliberadamente inclusiva; nada há que a possa restringir.

 

petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.  Esses quatro termos dividem-se em dois pares. Paulo não está definindo tipos diferentes de oração.  Ao invés, o conjunto das palavras revela a importância que ele dá à prática da oração. Apresentar pedidos em oração fornece um escape para a ansiedade (1Pe 5.7).  Fazer isso “com ações de graças” é, em si, um antídoto contra a preocupação.

 

*          4.7  paz de Deus. Essa é a resposta imediata à oração por causa da ansiedade. Coisas que não podem ser inteiramente compreendidas podem, todavia, ser experimentadas em paz por aqueles que estão “em Cristo” (1.1; cf. Ef 3.18,19).

 

*          4.8  Concluindo essas exortações, Paulo conclama seus leitores a uma vida de obediência, que é a resposta correta à paz de Deus. A lista de virtudes não é exaustiva mas representativa; também são incontáveis os meios através dos quais se manifestam (observe a respetição de "tudo o que é"). A necessidade de pensar em coisas assim não tem um fim em si mesma, mas deve ser a preparação para a ação planejada (v.9).

 

verdadeiro. Ver Ef 4.24,25.

 

respeitável. A palavra grega significa “honrado” ou “digno de respeito”.

 

justo. Ver Tt 1.8

 

puro. Ver 1Tm 5.22

 

amável... de boa fama.  Termos usados somente aqui no Novo Testamento.

 

*          4.9  Os filipenses devem guiar-se tanto pelo ensinamento de Paulo como pelo seu exemplo, especialmente seu amor pelos filipenses (v.1; 1.3-8; 2.12).

 

o Deus da paz. Uma promessa ainda mais preciosa do que “a paz de Deus” (v. 7). Seu cumprimento depende da obediência.

 

*          4.10-20 Paulo volta ao tema do primeiro capítulo — a cooperação dos filipenses no evangelho (1.5), especialmente seu apoio financeiro.

 

*          4.10     vos faltava oportunidade. Paulo faz uma ressalva, para que não entendam suas palavras como repreensão.

 

*          4.11-13 Esses versículos não negam a necessidade por que Paulo passava mas, ao contrário, são um testemunho de que vivia contente tanto na fartura como na escassez.

 

*          4.13  tudo posso. Confiando no poder de Cristo e seguindo seu exemplo (2.5; 3.10), Paulo pode enfrentar todas as circunstâncias com contentamento. Ele quer imprimir em seus leitores a mesma lição (vs. 6,7,19).

 

*          4.14 As ressalvas feitas nos vs. 10-13 tornam necessária a reafirmação da gratidão de Paulo pela ajuda deles recebida naquela hora de privação (1.17).

 

*          4.15,16 Mesmo antes de Paulo ter partido da Macedônia, os filipenses haviam sido, mais de uma vez, generosos para com ele.

 

*          4.15  no início do evangelho. Isto é, quando o evangelho começou a ser pregado em Filipos (1.5).

 

quando parti. Foi em sua segunda viagem missionária que Paulo partiu da Macedônia para a Acaia (At 16.40; 18.18).

 

*          4.17,18 Conforme o v. 18 evidencia e enfatiza, Paulo tem suprimentos em abundância e não quer sobrecarregar ainda mais a igreja. O principal motivo porque Paulo está alegre (v. 10) não é que suas necessidades foram supridas. Ele alegra-se muito mais porque reconhece que os donativos dos filipenses são um ato de culto agradável a Deus (Hb 13.15,16) e porque sabe que Deus os abençoará e recompensará ricamente (2Co 9.6).  Ver "Agradando a Deus" em 1Ts 2.4.

 

*          4.19  cada uma de vossas necessidades. Compreendidas tanto necessidades materiais como espirituais (vs. 6,7). A promessa é para os que estão em Cristo Jesus (v. 21; 1.1).

 

*          4.20  Amém. Quando ocorre no final de uma oração, essa palavra é uma resposta de confiança e de compromisso com o que  foi dito. Ela confirma a fidedignidade e confiabilidade do que foi declarado.

 

*          4.21  cada um dos santos. Lembra 1.1.

 

irmãos. Aqui, como sempre, companheiros crentes de ambos os sexos.  Paulo emprega esse termo freqüentemente com relação aos filipenses (1.12; 3.1).

 

que se acham comigo.  Ver 1.1,14.

 

*          4.22 Todos os santos vos saúdam. Refletindo a unidade corporativa dos crentes, em uma mesma congregação e entre igrejas locais, Filipos e Roma, por exemplo.

os da casa de César. Os servos do palácio e não os membros da família real, os crentes romanos com os quais Paulo tem maior contato (1.13).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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